No dia 19 de Agosto passei o dia todo tranquila, não havia muito o que fazer, já tinha feito faxina. O Eduardo veio jantar em casa, depois do trabalho.
Fomos na faculdade para que pudesse resolver sua grade, pois passará o mês pulando de sala em sala, porque não sabia muito, qual seria o semestre que ficaria. Depois de lá fomos para academia.
Como sempre era dia de perna, o exercício que mais gosto de fazer, pois nós mulheres temos que estar com o bumbum impecável. kkkk
Estava já na terceira repetição, quando de repente senti uma tontura muito forte. Começou a escurecer tudo. Pensei que fosse hipoglicemia.
Chamei o Du, dizendo que não estava me sentindo bem. Ele me pediu para que ficasse sentada, pois chamaria o professor para medir minha pressão. Ao medir constataram que ela havia baixado 11 X 7.
Nisso o professor pediu que eu ficasse sentada na cadeira de massagem até o Du terminar de treinar, mas logo que sentei, senti um formigamento tão forte, pelo corpo todo, comecei a berrar. Chamando o professor, dizendo que não estava me sentindo bem. Ele além de chamar o Du, também chamou um médico, que ali estava malhando. Ao medir minha pressão outra vez, havia subido para 17 X 5. Saímos correndo para o hospital (Vera Cruz), no caminho já não estava sentindo o lado direito e não consegui mais falar.
Os médicos não conseguiram diagnosticar muito precisamente o que havia acontecido comigo. Passei de Sexta para Sábado em observação. No outro dia já estava bem melhor, os movimentos voltaram, deram alta, mas mesmo assim o DR. Luis Eduardo B. Soares, solicitou um exame de Tomografia Computadorizada, para ter mais segurança de que eu estaria bem. Passei o final de semana descansando, não fazendo muita força, ainda me sentia estranha.
Na Terça-feira, logo pela manha fui fazer o exame que o DR. pedirá, de lá fiquei na casa da minha mãe.
Minha amiga Cris veio me visitar e resolvemos ir até o shopp. D.Pedro, pois precisava conserta o chip do meu celular, mas ao entrar no estacionamento do shopp, meu celular tocou, do outro lado da linha era um rapaz, dizendo que eu precisava ir no hospital, pois meu exame tinha dado alteração e era um caso de urgência. Minha amiga ficou desesperada, eu então, tremia, liguei para meus pais e para meu marido, avisando o que estava acontecendo e que era para me encontrar no hospital.
Já no Vera Cruz, com meus pais e o Du, pegamos o exame, fomos direto falar com o médico, nem fizemos triagem, que normalmente deve fazer primeiro, antes da consulta.
O Dr. que era um clinico geral, ligou para uma médica especialista de neurologia, leu o que havia dado no exame. Depois se deportou para mim e para o Du.
- Bom acho que vocês escutaram o que conversei com a Dra. e pelo que deu no exame, Priscila vai ser internada nesse momento na UTI, seu exame deu que você teve a artéria do lado direito lesionada, ou seja, você teve um AVC.
Fiquei desesperada, não estava entendendo bem o que estava acontecendo comigo, eu estava me sentindo bem, mas pelo que o médico falou parecia bem grave minha situação.
Já internada, passei a ser monitorada por aparelhos de dia e de noite, enfermeiras entravam e saiam do quarto, dando medicamentos, injeções na minha barriga, não pudia levantar da cama.
No dia 26 fizeram exame de cateterismo para saber como estava minha artéria. No exame o DR. Leonardo de Deus disse que eu teria que escolher, em fazer tratamento via oral para ver se consegue reverter meu quadro ou fazer outra cateterismo e colocar o stent, pois minha artéria do lado esquerdo havia estado com uma lesão próximo ao pescoço, ou seja, não tinha escolha ou colocava o stent, para resolver logo ou tentaria o medicamento com risco de ter outra AVC.
Na terça feira fizemos o procedimento, que não deu certo, tentaram duas vezes colocar o stent, mas não conseguiram, minha artéria estava se fechando, foram 5 horas de cirurgia, para nada! A única coisa que conseguiram, foi piorar minha lesão que me proporcionou outra paralisação do lado direito.
Passei 8 dias internada na UTI. Foram dias terríveis. Passaram vários pensamentos ruins na minha cabeça, pensei que ficaria para sempre paralisado do lado direito, por mais que os médico falassem que voltaria meus movimentos, eu não acreditava. Outro coisa é que fiquei muito sentida em saber que com 5 meses de casada, muitas coisas mudaria em nossas vida, mas o mais importante é que sei que meu marido me ama muito e passou todos os momentos do meu lado dando a maior força.