Dia 01 de Outubro de 2018, é o dia que nunca mais vou esquecer na minha vida, nunca mais sairá da minha memória. Logo pela manhã, ao acordar sentindo um desconforto, pressão na minha virilha, levantei como de costume, fui me arrumar para ir trabalhar, tomei meu café, abri a porta da copa para a Lilika; minha cachorrinha; ir andar um pouco na área, enquanto isso, fui fazer minha marmita. De repente ela deu um grito, fui correndo ver o que estava acontessendo. Ela estava sentadinha, chorando, peguei no colo, seu olhinho do lado esquerdo estava bem inchado e com bastante secreção, logo comecei a chorar, liguei desesperada para minha prima Kátia que é veterinária, pedi que viesse a ver, ainda de manhã.
Liguei também para minha mãe, pedindo que viesse ficar com a Lilika para que eu pudesse ir trabalhar.
Já no trabalho, entrei chorando, todos ficaram preocupados comigo, perguntando o que havia acontecido. Expliquei que era por causa da minha cachorrinha.
Ainda de manhã, minha prima me ligou, falou que ela machucou e cortou a primeira camada do olho e precisava usar dois colírios e tomar um antiflamatório, por uma semana.
Mais calma, fui almoçar, fiquei conversando um pouco com a Adriana recepcionista.
Ao voltar do almoço, estava em frente a mesa da Dri, estava falando para ela que tinha feito xixi sangue e que estava esperando meu marido ir me buscar, pois tinha ultrassom as 14:30hrs e que estava pensando e dar um pulo no pronto Socorro para saber o que estava acontecendo, mas não deu tempo, comecei a sangrar, parecia que tinha estourado uma bexiga. Nunca tinha visto tanto sangue sair de mim, desesperada liguei pro Du e pedi que entrasse na garagem do serviço para me pegar, pois não poderia andar, se não poderia ser bem pior.
Enquanto isso, o pessoal do meu serviço ligava para o Samu, mas nem esperamos, o Du já havia chegado.
Me pegou e colocou no carro, foi pro pronto Socorro do Vera Cruz, berrava no caminho, para o povo sair da frente, para poder passar.
No hospital, me passaram pela triagem mesmo estando daquele jeito toda suja de sangue, grávida de 29 semanas. Tiraram minha pressão, estava 17 por 11, de lá entrei para a sala de gestante para ser atendida por um ginecologista.
A Dr. Jussara pediu que meu marido me ajudasse a tirar a calça e deitar na maca para ela me examinar, colocou um aparelho para ouvir o coração do bebê, estava batendo, mas bem devagar. A Doutora nos solicitou que tirasse toda a roupa e acessórios, pois tinha que fazer o parto naquela hora, se não a gente, eu e a bebê morreria.
Foi tudo muito rápido, colocaram eu na sala de cirurgia, me deram injeção a rack e já foram abrindo minha barriga, a Maria Eduarda nasceu as 14:26, com 1.150 e 37cm, estava saudavel.
O Du só foi entrar na sala de cirurgia, quando já estavam me fechando, não há vi logo que nasceu, depois que já estava bem, me trazeram ela para ver.
Ela não pode ir para o quarto comigo, ficou na Uti Neonatal, por que nasceu muito pequinininha.
Fiquei internada uma semana, minha pressão não abaixava. E não queria que baixasse, pois sabia que dariam alta, mas mesmo assim me deram alta.