Sempre fui uma
pessoa que nunca gostou de ser acomodada, de depender de alguém, quando ingressei
na faculdade, resolvi que já era hora de ir em busca de entrar no mercado de
trabalho; mesmo antes queria trabalhar; mas meus pais não aceitavam, diziam
eles que eu deveria focar nos estudos, sendo que nunca dei trabalho, sempre
gostei e até hoje amo estudar, aprender coisas novas, mas mesmo assim, eles não
concordavam.
Para não ir
contra meus pais tentei encontrar uma forma de poder contribuir em casa,
ajudava com as tarefas de casa, desde meus 10 anos, já fazia comida, lavava,
passava e limpava, mas queria mais, então descobri através de uma amiga da
faculdade, a Daniela, que o Governo oferecia um “trabalho” de finais de semana,
em troca ganhava a mensalidade, acabei tentado, fui verificar se minha
universidade estava escrito nesse programa “Escola da Família”, e pela minha
sorte estava.
Escrevi-me e
logo veio a confirmação. Trabalhei todos os finais de semana, durante um ano,
das 09h00min às 17h00min. Fazia recreação numa escola próxima ao Shopping Dom
Pedro, Prof° Carlos Araújo Pimentel, no qual obtive vários amigos.
No ano seguinte,
meu padrinho abriu no Shopping Dom Pedro um quiosque de doces, “O Trem Bala”,
fiquei sabendo que minha prima estava trabalhando lá, ai me ofereci a trabalhar.
No shopping foi
meu primeiro registro, balconista, era tudo novidade, mais me divertia do que
trabalhava, ainda mais estando em família... Já viu.... Nunca faltei do
trabalho e nos dias de folga, lá estava eu dando voltas no shopping e às vezes parava
lá para conversar, foi onde a nossa família se aproximou mais. Adorava!!!
Dávamos muitas
risadas, tirava sarro das pessoas que passavam, comia porcaria o dia todo, às
vezes dávamos volta e mais voltas, só para passear no horário de almoço e
quando a gente recebia afff!! O salário ia tudo nas lojas de sapatos e roupas,
como também uma parte dava para meu pai completar e pagar a mensalidade da
faculdade de Turismo.
Depois de um ano
meu tio vendeu o quiosque, a gente ficou deprimida, a Renata dona que comprou,
era muito chata, eu e minha irmã não estava se dando muito bem com ela, muita
prima, logo que foi repassado o quiosque, saiu, para trabalhar em outro lugar,
lá mesmo no shopping, numa pepalaria e eu e minha irmã acabou ficando. Mas não
duramos muito lá, numa manhã de sábado, eu e minha irmã resolvemos que já era hora
de sair e procurar algo em nossa área (da faculdade), pedimos demissão e no
mesmo dia nos desligamos, nem cumprimos aviso prévio...
Nossa que alivio
sentíamos nesse dia! Foi um dos momentos que nunca mais vou esquecer, saímos de
lá cantando e saltitando de alegria, prometendo que nunca mais íamos trabalhar
no shopping outra vez.