sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Ingressando no Mercado de Trabalho

Sempre fui uma pessoa que nunca gostou de ser acomodada, de depender de alguém, quando ingressei na faculdade, resolvi que já era hora de ir em busca de entrar no mercado de trabalho; mesmo antes queria trabalhar; mas meus pais não aceitavam, diziam eles que eu deveria focar nos estudos, sendo que nunca dei trabalho, sempre gostei e até hoje amo estudar, aprender coisas novas, mas mesmo assim, eles não concordavam.
Para não ir contra meus pais tentei encontrar uma forma de poder contribuir em casa, ajudava com as tarefas de casa, desde meus 10 anos, já fazia comida, lavava, passava e limpava, mas queria mais, então descobri através de uma amiga da faculdade, a Daniela, que o Governo oferecia um “trabalho” de finais de semana, em troca ganhava a mensalidade, acabei tentado, fui verificar se minha universidade estava escrito nesse programa “Escola da Família”, e pela minha sorte estava.
Escrevi-me e logo veio a confirmação. Trabalhei todos os finais de semana, durante um ano, das 09h00min às 17h00min. Fazia recreação numa escola próxima ao Shopping Dom Pedro, Prof° Carlos Araújo Pimentel, no qual obtive vários amigos.
No ano seguinte, meu padrinho abriu no Shopping Dom Pedro um quiosque de doces, “O Trem Bala”, fiquei sabendo que minha prima estava trabalhando lá, ai me ofereci a trabalhar.
No shopping foi meu primeiro registro, balconista, era tudo novidade, mais me divertia do que trabalhava, ainda mais estando em família... Já viu.... Nunca faltei do trabalho e nos dias de folga, lá estava eu dando voltas no shopping e às vezes parava lá para conversar, foi onde a nossa família se aproximou mais. Adorava!!!
Dávamos muitas risadas, tirava sarro das pessoas que passavam, comia porcaria o dia todo, às vezes dávamos volta e mais voltas, só para passear no horário de almoço e quando a gente recebia afff!! O salário ia tudo nas lojas de sapatos e roupas, como também uma parte dava para meu pai completar e pagar a mensalidade da faculdade de Turismo.
Depois de um ano meu tio vendeu o quiosque, a gente ficou deprimida, a Renata dona que comprou, era muito chata, eu e minha irmã não estava se dando muito bem com ela, muita prima, logo que foi repassado o quiosque, saiu, para trabalhar em outro lugar, lá mesmo no shopping, numa pepalaria e eu e minha irmã acabou ficando. Mas não duramos muito lá, numa manhã de sábado, eu e minha irmã resolvemos que já era hora de sair e procurar algo em nossa área (da faculdade), pedimos demissão e no mesmo dia nos desligamos, nem cumprimos aviso prévio...
Nossa que alivio sentíamos nesse dia! Foi um dos momentos que nunca mais vou esquecer, saímos de lá cantando e saltitando de alegria, prometendo que nunca mais íamos trabalhar no shopping outra vez.