Sou uma pessoa que adora fazer
novas amizades, e sempre quando posso marco encontros para revê-los os mais
distantes como os mais chegados.
Tenho uma amiga que mora lá no
Mato Grosso do Sul, a 12hrs daqui de Campinas, mas à distância não nos separou,
sempre mantemos contatos, pelo facebook, telefone... Matamos as saudades por
fotos e mensagens.
Certo dia a saudade apertou,
ficara sabendo que a Adriana tinha ganhado bebe, e eu muito curiosa e feliz por
ela, queria muito estar ali para abraçá-la e dar os parabéns, como também
conhecer o marido dela e seu querido neném, Daniel.
Quando fiquei sabendo do nome do
bebe, veio em minha mente à época que éramos amigas de escola, a gente sempre
se reunia em casa, para estuda e quem falava que estudávamos rsss... Fechávamos
à porta do quarto, colocávamos o som no último e dava sertanejo, ela adorava o
cantor Daniel, a gente fazia a farra no quarto, riamos muito, a Dri seu
apelido, não tinha muito jeito para dançar e a forma
como ela se requebrava, não aguentávamos caiamos no chão de tanto rir.
A época boa, que trás muitas
saudades... Ela era muito querida, viera para Campinas, para estudar e cuidar
de uma criança paralítica, os pais dessa criança eram patrões de seus pais, que
moravam num sitio, eram caseiros, e como ela queria muito crescer e ter um
ótimo emprego viera com a família para estudar, em troca cuidaria da criança. Muito estudiosa, e esforçada, tinha maior
orgulho de ser amiga dela.
Talvez o nome do bebe seja por
causa da paixão que ela tinha do cantor Daniel, lembro-me que quando o
companheiro da dupla morrerá, ficamos chorando no pátio da escola com a nossa expectora
junto, dando a maior força para a Dri.
Como a saudade era tanta, acabei
pedindo pro meus pais me levarem em Andradina, onde os sogros da Dri mora, para
poder matar a saudades e
conhecer o Daniel, pois ela estava por lá e ia ficar uma semana e depois ia
voltar para Mato Grosso do Sul e como era mais perto, dava para ir, meus pais
se comoveram e então resolveram que nas férias íamos para lá.
Ao chegar a Andradina, uma
cidadezinha maravilhosa, acolhedora, a ansiedade aumentava cada rua que
entravamos, enfim chegamos.
Ela estava tão diferente, madura,
mulher, essa era minha amiga, abraçá-la me fez chorar e um filme passará em
minha cabeça, estávamos muito felizes, tínhamos um final de semana para colocar
nosso papo em dia e matar a saudades, era pouco, mas este pouco parecia muito,
poder desfrutar deste momento. Muitas risadas, muitos abraços,
muitas histórias, como era bom estar ali, ver ela foi o melhor presente.
Amizade é tudo nessa vida, ter
pessoas amadas em nosso arredor, nos faz sentir bem.
Sinto saudades desse dia, que
depois de três anos, marquei com ela de ir a casa dela revê-la, em Mato Grosso
do Sul.
Eu e minha irmã agüentamos 12hrs
de viagem, de ônibus, não conseguíamos dormir de ansiedade e o ônibus parava em
todas as rodoviárias, aff!! Muito cansativo, porém ao ver-la, esquecemos do
cansaço.
Passamos uma semana na casa dela,
o Daniel estava com três aninhos, lindo e bonzinho. Conversamos e revemos fotos
antigas, demos muitas risadas e pudermos conhecer um pouco mais do Fabio marido
dela, trabalhador, bonzinho e mais velho do que imaginávamos mais ele o amava e
isso nos fazia saber que ela estava em boas mãos.
Hoje se passará mais de 10 anos
que tudo aconteceu, sinto saudades, ela já esta com o segundo filho e não tive
o prazer de conhecê-lo, sempre quando posso ligo para ela, ou trocamos mensagens,
mais ainda quero poder ir visitá-la, pois internet não é a mesma coisa. O abraço
caloroso é mais que tudo.